MEMÓRIA ABEPOLAR

  » MEMÓRIA DA ABEPPOLAR   MEMÓRIA DE LUTAS E DE REALIZAÇÕES DA ABEPPOLAR E DE SEUS MEMBROS Esta seção destina-se à memória das realizações da ABEPPOLAR desde a sua fundação em maio de 1966 até a presente data. Ela será abastecida por nós e pelos milhares de alunos e colaboradores que tivemos ao longo dos 46  anos de intensas atividades e de lutas. Caso você tenha participado de nossas atividades e esteja em qualquer parte do Brasil ou do Mundo envie-nos a memória do que fizemos juntos servindo-se do abepolar@ajato.com.br  A primeira colaboração para Memória vem do grande ambientalista e engenheiro catarinense Gert Roland Fischer, de Joinville, presidente da APREMA – SC. Lembra que: ‘Carro a álcool, relembrando momentos históricos   Em 1979, dia 7 de Novembro em Joinville-SC, defronte ao centro de informações e coordenação da 3ª. Conferencia Nacional de Meio ambiente e Alternativas Energéticas, promovida pela ABEPPOLAR, entre outros importantes anúncios, foi apresentado o primeiro carro da marca VW ano 1979, cor amarela, movido pelo combustível álcool, desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Aeronáutica -CTA  –  de São José dos Campos.  O lançamento do carro a álcool brasileiro em Santa Catarina foi iniciativa do jornalista Randolpho Marques Lobato então parceiro do evento que se realizava entre os dias 6 e 9 de novembro. Lobato, como é conhecido, foi fundador da ABPPOLAR – Associação Brasileira de Prevenção à  Poluição do Ar e  Defesa do Meio Ambiente com sede nacional em São Paulo.  Gert Roland Fischer’   A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DA ABEPPOLAR É SUA TOTAL INDEPENDÊNCIA ! Esta entidade não-governamental atua ininterruptamente há 43 anos prestando relevantes serviços ao Brasil. Entre outras colaborou decididamente para a criação e implantação bem como para o desenvolvimento dos seguintes órgãos públicos: Departamento de Áreas Verdes da Prefeitura de São Paulo, atual Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Capital; SUSAM – Superintendência de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo; FESB – Fundo Estadual de Saneamento Básico; CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo; IBDF – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal; SEMA – Secretaria Especial do Meio Ambiente da República; IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (ex-IBDF e ex-SEMA ); Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Participou do primeiro CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Foi por sete anos membro do CADES – Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável do Município de São Paulo. Reeleita por duas gestões no Comitê da Bacia do Alto Tietê a insituição teve um de seus membros recém-eleito primeiro presidente da Agencia do respectivo Comitê. Promoveu de 1966 a 1971 a Operação Reflorestamento do Estado de São Paulo e o Movimento em Defesa da Fauna e da Flora, programas reconhecidos e apoiados pela Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas e que foi a base para a implantação da Educação Ambiental no País. Planejou e executou a Operação Cantareira de Combate ao Fogo de 1982 a 1986 realizando missão de defesa civil reconhecida pela Casa Militar do Governo do Estado – segundo documento que nos foi enviado por seu comandante à época – como o maior trabalho voluntário realizado contra o fogo e em defesa da natureza por uma entidade não-governamental. A partir dos anos 80 e até a presente data a entidade realiza, com equipes dedicadas e com barcos próprios, trabalhos de defesa civil, controle da poluição das águas, combate ao fogo e educação ambiental nas represas Guarapiranga, Billings, do Sistema Cantareira e outras que abastecem 18 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo. A pedido da Faculdade de Saúde Pública da USP cedeu seus barcos para promover  pesquisa completa – em convênio com a própria FSP – sobre a qualidade da águas de Guarapiranga. O trabalho – pioneiro em termos de operação conjunta – revelou os elevadíssimos índices de poluição das águas daquele reservatório que abastece dois milhões e quinhentos mil habitantes da Região Sul da Grande São Paulo e Municípios vizinhos como Embú Guaçu, Itapecerica da Serra e outros. A principal característica da ABEPPOLAR é sua total independência com relação a Governos, políticos e grupos de pressão ideológica. Não recebe recursos oficiais internos ou do exterior. Vive com o resultado do esforço do conhecimento que produz, especialmente conquistados por mais de 300 eventos pequenos, médios e grandes ao longo de décadas. Há 39 anos presta relevantes serviços ao País, força os Governos a criar órgãos públicos necessários à defesa ambiental como os já citados e, quando eles não funcionam, como foi o caso do extinto IBDF – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – exige e consegue o fechamento. Porisso consegue ter amigos sinceros e leais entre todos aquele que servem o País. E inimigos desesperados que atuam nas sombras e no lodo do desserviço à Nação !                    RETROSPECTIVA 23 DE MAIO DE 1966  – Assembléia geral de 50 personalidades (professores  universitários, profissionais liberais e empresários )  funda a ABEPPOLAR em sessão noturna no Palácio Mauá sede do Instituto de Engenharia de São Paulo, localizado no viaduto d. Paulina, no centro da capital paulista 24 de Maio DE 1966 – Jornais e emissoras de rádio anunciam a criação de entidade pioneira na luta contra a poluição 25 de Maio de 1966 – Editorial de O Estado de S. Paulo louva o nascimento da ABEPPOLAR OS BENEFICIÁRIOS E O INÍCIO DA LUTA  Dezenas milhares de pessoas – pesquisadores , professores, engenheiros, médicos, biólogos, advogados, promotores, juizes, empresários entre outras profissões,  integram hoje os orgãos de defesa ambiental oficiais e privados em todo o País e especialmente em São Paulo embasados pela CICPAA e pela ABEPPOLAR. A maioria esmagadora enaltece a Associação. Poucos não gostam dela por sua característica de independencia total, que não aceita  tutelas políticas, ideológicas ou qualquer outro tipo de subordinação. Mas estas pessoas,  que geralmente ocupam altos cargos por indicação de políticos com p minúsculo,   não contam pois, na realidade, desservem a causa, melhor dizendo, servem-se dela. E invariavelmente acabam sendo reconhecidas como tal pelos que atuam na área e pela sociedade civil organizada  não-engajada !  . O INICIO DA LUTA CONTRA A POLUIÇÃO NO BRASIL
  Sintetizando, as medidas e normas  práticas  contra a poluição começaram na CIPA -Comissão Municipal Contra  a Poluição de Santo André e  prosseguiram na CICPPA, comissão intermunicipal  dos Municipios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul que embasou todos os orgãos ambientais que foram criados em São Paulo e no Brasil. Os orgãos pioneiros e seus membros  e idealistas estão citados acima e foram apoiados pela ABPPOLAR que ora é ABEPPOLAR e por mestres de várias áreas como o professor doutor e jurista Cesarino Junior, da Faculdade de Direito da USP,que redigiu os Estatutos até hoje intocados da Associação
CIPA, CICPAA e a Comissão Estadual – RETROSPECTIVA  Tudo começou por volta de 1964 quando o engenheiro Antônio Pezzolo propôs ao prefeito de Santo André criar a Comissão Municipal de Controle da Poluição das Águas e do Ar – CIPA. Esta comissão era formada por técnicos e por representantes das indústrias que procuravam o caminho para minimizar os efeitos da poluição que estava a todos prejudicando. A CIPA começou a baixar normas de controle que foram respeitadas e começaram a dar bons resultados. Devido ao sucesso da ação, logo de início apoiada pelo jornalista de O Estado de S. Paulo Randolpho Marques Lobato, os demais Municípios da Região pediram para entrar na CIPA, pelo que a Comissão passou a ser denominada Comissão Intermunicipal de Controle da Poluição das Águas e do Ar – CICPAA. Em 1965, o jornalista Lobato de O Estado de S. Paulo sobre o título geral Poluição das Águas e do Ar escreveu 17 páginas completas do Estadão. A série – que exaltava o trabalho pioneiro da CIPA já ampliada como CICPAA – teve enorme repercussão por apontar a gravidade da situação na Capital, no Estado de São Paulo e no País. O governador do Estado, o médico Adhemar de Barros, resolveu então criar uma Comissão Estadual de Controle da Poluição. No dia em que ele foi assinar o decreto criando a Comissão o jornalista Lobato foi fazer a cobertura no Palácio dos Bandeirantes. O governador soube de sua presença através do Secretário da Saúde, Archimedes Lamoglia, interrompeu a assinatura do decreto e mandou colocar o nome de Lobato (que foi pego de surpresa) no documento e acabou membro da referida Comissão. Na primeira reunião, na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo Lobato disse aos membros da Comissão que só apontar os problemas de nada adiantaria. Era necessário criar-se uma entidade não-governamental, um órgão de pressão para que as autoridades, os políticos e os poluidores aceitassem paulatinamente as medidas que seriam propostas. Tais medidas eram emergenciais devido ao crescimento da indústria, especialmente a automobilística. Vislumbravam os membros da Comissão que com o crescimento vertiginoso da indústria automobilística, a partir dos anos 60, em poucas décadas a poluição gerada por veículos automotores poderia ultrapassar a poluição gerada pelas indústrias assim como pela queima de lixo a céu aberto, o que era comum na época. Um membro da Comissão, que representava a área de engenharia sanitária da Secretaria da Saúde, Durval João Canella, concordou com Lobato. Vale lembrar que por pressão e proposta da ABPPOLAR o Governo do Estado de São Paulo criou inicialmente a SUSAM – Superintendência de Saneamento Ambiental. A proposta original da ABPPOLAR foi modificada por uma comissão de funcionários públicos pelo que a Associação advertiu o Governo que o modelo do órgão era inadequado e que não ia funcionar. Foi o que ocorreu em poucos anos. A ABPPOLAR propôs então que fosse criado um órgão tecnicamente avançado, pelo que colaborou para a criação da CETESB – atual Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo, que, no início de suas atividades, era um laboratório de controle de qualidade de materiais para saneamento básico subordinado ao FESB (Fomento Estadual de Saneamento Básico). O jornalista Lobato foi o único não-funcionário do Governo a integrar o Grupo que fez os estatutos da CETESB, cujo primeiro presidente foi o engenheiro Octacílio Alves Caldeira recentemente falecido. Após a criação da SUSAM – Superintendencia de Saneamento Ambiental do Estado de Sào Paulo e da CETESB – Companhia Estadual de Saneamento Ambiental que susbtituiu a SUSAM, ampliou-se a ação governamental para controle de poluição no Brasil. No Rio de Janeiro foi fundada alguns anos após a Fundação de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA, e, daí por diante, criaram-se condições para o desenvolvimento de orgãos federais, estaduais e municipais em defesa do meio ambiente, controle de poluição e desenvolvimento de produção mais limpa e de alternativas energéticas. A ABEPPOLAR ATUAM EM SÃO CAETANO E EM CUBATÃO HÁ 39 ANOS Para se ter uma idéia, a ABEPPOLAR atua em São Caetano há 39 anos com reprsentantes locais.  O primeiro laboratório para análise da qualidade das águas e do ar localizado até hoje em São Caetano por ser inicialmente da CICPAA e agora da CETESB, foi instalado com recursos da Organização Panamericana de Saúde que os concedeu em Washington atendendo ao pedido de uma Comissão Brasileira que foi à sua sede e à Organização dos Estados Americanos. Essa Comissão era constituída pelo professor da Faculdade de Saúde Pública (à epoca Faculdade de Higiene) Walter Engracia de Oliveira, pelo engenheiro Antonio Pezzolo idealizador e presidente da CIPA e depois da CICPAA  e pelo jornalista Randolpho Marques Lobato, todos dirigentes da ABEPPOLAR, conquista essa que foi divulgada á epoca pelo jornal O Estado de S. Paulo

SUBSTITUIÇÃO DA SUSAM PELA CETESB FOI PROPOSTA DA ABEPPOLAR AO GOVERNO Vale lembrar que por pressão e proposta da ABPPOLAR o Governo do Estado de São Paulo criou inicialmente a SUSAM – Superintendência de Saneamento Ambiental. A proposta original da ABPPOLAR foi modificada por uma comissão de funcionários públicos pelo que a Associação advertiu o Governo que o modelo do órgão era inadequado e que não ia funcionar. Foi o que ocorreu em poucos anos. A ABPPOLAR propôs então que fosse criado um órgão tecnicamente avançado, pelo que colaborou para a criação da CETESB – atual Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo, que, no início de suas atividades, era um laboratório de controle de qualidade de materiais para saneamento básico subordinado ao FESB (Fomento Estadual de Saneamento Básico). O jornalista Lobato foi o único não-funcionário do Governo a integrar o Grupo que fez os estatutos da CETESB, cujo primeiro presidente foi o engenheiro Octacílio Alves Caldeira recentemente falecido.   » Os Beneficiários
Dezenas milhares de pessoas – pesquisadores engenheiros, médicos, biólogos, advogados, entre outras profissões,  integram hoje os orgãos de defesa ambiental em todo o País e especialmente em São Paulo embasados pela CICPAA e pela ABEPPOLAR. A maioria esmagadora enaltece a Associação. Poucos não gostam dela por sua característica de independencia total, que não aceita  tutelas políticas, ideológicas ou qualquer outro tipo de subordinação. Mas estas pessoas,  que geralmente ocupam altos cargos por indicação de políticos com p minúsculo,   não contam pois, na realidade, desservem a causa, melhor dizendo, servem-se dela. E invariavelmente acabam sendo reconhecidas como tal pelos que atuam na área e pela sociedade civil organizada  não-engajada !                


  AGORA
    
A CRISE DA ÁGUA: Entidade alertou e exigiu providências dos Governos Desde maio do ano 2000 a ABEPPOLAR passou a agir diante da gravidade da crise da água que afetou quase todas as Regiões do Brasil, especialmente a Sudeste, sua área mais populosa e industrializada. A acentuada diminuição dos índices pluviométricos foi motivada por mudanças climáticas e afetou seriamente o abastecimento de água, especialmente das grandes cidades brasileiras e mais ainda a produção de energia, já que a matriz energética brasileira depende 85% da geração de hidroeletricidade. Como primeira providência convidou, em ação conjunta com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, os secretários de recursos hídricos, de energia e do meio ambiente para apresentarem um plano de contingência para a crise da água, o que ocorreu em 15 de junho de 2000, no edifício sede da FIESP. Em julho, agosto e setembro, em colaboração com a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo lançou campanha de alerta ao fogo e economia de água em mais de 500 emissoras de rádio do Estado de São Paulo. PROGRAMAS PERMANENTES A entidade mantém programas permanentes tais como o controle do nível e da qualidade das águas dos reservatórios Guarapiranga e Billings, na Grande São Paulo, do sistema Cantareira, em sua extensão ( parte na Região Metropolitana e parte na Região Bragantina até a divisa com o Estado de Minas Gerais atingindo os Municípios de Mairiporã, Atibaia, Bragança Paulista, Piracaia e Joanópolis ); participação nas reuniões dos Conselhos Ambientais já citados; presença em dezenas de Seminários das Divisões Técnicas do Instituto de Engenharia e eventos de terceiros que se realizam na sede da instituição onde também promove a maioria dos seus eventos técnicos tais como os mais recentes sobre Transporte de Produtos Perigosos, Riscos de Explosões Urbanas, Passivo Ambiental na Indústria, Processo de Flotação e outros. APOIO AOS MUNICÍPIOS O apoio gratuito a consultas feitas por Municipalidades que implica inclusive em deslocamento de equipes e trabalho de campo é uma constante na vida da ABEPPOLAR.Em 2001, por exemplo, atendeu à vários Municípios paulistas entre os quais Mogi Mirim (estudos de impacto ambiental ) e Tambaú (infraestrutura para fins de reativação de turismo religioso). Dirigentes, membros e técnicos da ABEPPOLAR fazem visitas técnicas para atualizar conhecimentos.As duas últimas delas foram à Heliodinâmica de Células Fotovoltáicas em Vargem Grande do Sul e à Wobben Windpower de Aerogeradores Eólicos (usinas eólicas) em Sorocaba, ambos municípios paulistas. FORUM AMBIENTAL E ENERGÉTICO A discussão de problemas ambientais e energéticos no contexto de alto interesse sócio-econômico do País é pauta permanente nas reuniões-almoço semanais no Instituto de Engenharia que a ABEPPOLAR promove junto com o Departamento Ambiental e as Divisões Técnicas de Engenharia Sanitária, de Meio Ambiente e de Energia do IE, há seis anos. As reuniões-almoço realizam-se todas as quartas-feiras durante todo o ano exceto nas semanas do Natal e do Ano Novo. O encontro semanal que conta com a presença de autoridades oficiais e privadas de todos os setores, empresários e muitos pesquisadores já é reconhecido como o mais importante fórum de análise e debates de questões ambientais e energéticas independente no País. Desde 1966 organizou delegações de cientistas brasileiros aos Congressos Mundiais trienais da IUAPPA e a eventos em mais de 15 países, onde os pesquisadores brasileiros concorreram e levantaram os mais importantes prêmios internacionais entre os quais o Hopes for the Future, equivalente ao Prêmio Nobel da Ecologia já que concedido por comissão de cientistas chefiada pelo prêmio Nobel Yang Tse Lee, presidente da International Academy of Sciences. A Diretoria e os principais membros da entidade encontram-se todas as quartas-feiras em reunião-almoço semanal no Instituto de Engenharia, oportunidade em que analisam e adotam atitudes relativas a problemas locais, regionais, hemisféricos e globais. Altas autoridades federais, estaduais, municipais e pesquisadores nacionais e internacionais participam e falam durante os almoços, que têm em média 35 participantes.